Uma fruta versátil e considerada muito popular aqui no Brasil, a banana é uma rica fonte de vitaminas e minerais. Além disso, ela também é um grande negócio, porém, há rumores de que ela pode ser extinta.
A banana é uma fruta barata, saborosa e prática, visto que já vem com uma “embalagem natural” pronta e fácil de ser aberta. Ela é comumente colhida ainda verde, visto que pode amadurecer por completo mesmo fora da árvore. É rica em potássio, vitamina B6, vitamina C, manganês e também em fibras, além de carboidratos.
No entanto, essa fruta pode estar ameaçada e se você quer saber um pouco mais sobre o assunto, é só continuar lendo.
Um fungo pode mesmo acabar com as bananas?
Nos EUA, a primeira variedade de banana a ser vendida se chama Gros Michel, que foi afetada pelo fungo TR1. No entanto, os agricultores tinham uma espécie reserva de banana, a Cavendish, que por sua vez era resistente ao TR1 e também conseguia suportar o processo de exportação, consolidando-a no país nos anos 1960.
Passadas algumas décadas, hoje a história está se repetindo e o governo colombiano anunciou este ano que o fungo TR4, que também mata bananas, está crescendo rapidamente nas Américas. Isso é bastante problemático, visto que é nessa parte de globo que há a maior quantidade de produtores da fruta, que abastecem o mundo todo. Assim, deu-se início a uma corrida contra o tempo, a fim realizar um projeto genético que possibilita à fruta resistir a mais esse fungo.
Diferentemente da banana Cavendish, que foi selecionada pelos produtores americanos justamente por sua natural resistência ao TR1, hoje ainda não foram descobertos tipos da fruta que possuam essa mesma imunidade em relação ao TR4, o que que tem dificultado o trabalho dos pesquisadores e cientistas. Não é possível fazer uso de métodos de criação para modificar a Cavendish, pois ela é estéril. Como esse tipo de banana representa cerca de 99% das vendas globais da fruta, é preciso intensificar os estudos sobre o tema, que se torna a cada dia mais preocupante com as novas descobertas, como a de que o fungo pode sobreviver até 30 anos no solo.
O futuro com bananas geneticamente modificadas
Os produtores e cientistas apostam todas as suas esperanças em uma equipe que está usando uma técnica inovadora de edição de genes, que altera a resistência da fruta ao fungo. Essa técnica está usando o CRISPR para editar o genoma da banana, mas é um processo que ainda está em estágios iniciais. Por isso, é possível que leve alguns anos para que se iniciem os testes em campo e ainda mais tempo para que se comece a diminuir o risco de extinção da fruta.
No entanto, o que ainda não está claro é como os reguladores de todo o mundo vão reagir à venda de uma banana que tenha o gene editado. Historicamente, países com Israel, Chile, Brasil, Japão e Colômbia já emitiram declarações oficiais de que podem assinalar tolerância em relação à entrada da fruta geneticamente modificada.
Algumas dificuldades surgem, como a quase impossibilidade de modificar um aspecto menor de um mecanismo sem causar alterações no sistema inteiro. Isso também se aplica à saúde, segurança alimentar e estabilidade ambiental, visto que tudo se relaciona entre si – esse é um importante aspecto que não pode deixar de ser ponderado pelos produtores e governos. Por outro lado, as monoculturas que não sofrem transformações genéticas são mais suscetíveis a fungos; estas também são mais rápidas e baratas, enquanto drenam lentamente os recursos do planeta.