Você sabe como está o seu nível de testosterona?

A Testosterona, assim como outros hormônios, é fundamental na geração e na manutenção de padrões corporais nos sexos. Apesar de ser produzida em quantidades maiores nos homens, a Testosterona também é secretada em mulheres, numa proporção de 1/20 quando comparada ao sexo oposto.

No corpo masculino, a produção de Testosterona inicia-se ainda durante a gestação. Com poucas semanas de vida e testículos minimamente formados a produção de Testosterona começa, auxiliando no desenvolvimento de órgãos sexuais e características secundárias. Após o nascimento a produção de Testosterona só volta a ocorrer no início da puberdade, entre 10 e 14 anos. Na mulher, a produção de Testosterona, assim como outros hormônios sexuais femininos, se inicia na puberdade. O uso de anticoncepcional contribui grandemente na produção diminuída de Testosterona em mulheres. Essa redução também pode acontecer por outros motivos como, por exemplo, menopausa, sedentarismo, retirada cirúrgica dos ovários, doenças autoimunes, estresse e destruição de glândulas supra-renais. Em homens, alguns fatores que podem influenciar nos níveis da Testosterona são a andropausa, diabetes, obesidade, insônia, estresse, problemas na hipófise, sedentarismo, câncer de próstata e fatores genéticos.

Ao decorrer da idade, é normal que esses níveis caiam em ambos os sexos. Apresentar fadiga, falta de energia, alterações de humor, aumento de peso, dificuldade no ganho de massa magra, baixo crescimento de pêlos, perda da potência sexual, disfunção erétil ou baixa na libido pode ser um sinal de níveis reduzidos de Testosterona. Para identificar o problema, é crucial realizar exames que avaliem a atividade do hormônio na corrente sanguínea, principalmente após os 50 anos, quando os valores tendem a reduzir pela metade.

Existe muita especulação relacionada ao aumento da Testosterona naturalmente, mas para que isso seja possível é preciso entender os fatores que podem estar causando a diminuição do hormônio. Dentre as estratégias mais comuns, a introdução de exercícios físicos de alta intensidade como a musculação, sono de qualidade, redução de gordura corporal e o aumento do consumo de alimentos ricos em zinco e gordura saturada tem demonstrado maior fundamento. Em atividades intensas, nosso organismo tende a aumentar os níveis de adrenalina, que dispararam mecanismos instintivos relacionados à agressividade e autodefesa, o que pode colaborar de forma indireta com o aumento de Testosterona, como também com a perda de peso. Em indivíduos obesos, a liberação excessiva de aromatase, uma enzima produzida pelo tecido adiposo, favorece a conversão de Testosterona em Estrogênio, que por sua vez realiza um feedback negativo no hipotálamo, resultando numa menor produção de Testosterona pelos testículos.

Uma alimentação com restrição de carnes de origem animal e com alto consumo de proteína vegetal à base de soja também podem influenciar. As carnes vermelhas são ricas em zinco e gorduras saturadas, precursores básicos da Testosterona. A soja contém isoflavonas, que mimetizam os efeitos do Estrogênio no organismo, inibindo a produção de Testosterona. Foi observado que o consumo intenso de soja e de seus derivados, isoladamente, não tem potencial para agir de forma crítica nos níveis do hormônio, porém quando somados a outros cenários podem atuar como agravantes. Noites mal dormidas podem resultar em um aumento do cortisol, que causa sensação de estresse e irritabilidade, reduzindo a Testosterona. Além disso, é durante o sono que nosso organismo sintetiza o hormônio. Dormir bem é primordial para uma regulação eficaz do ciclo circadiano e manutenção do controle hormonal hipófise-hipotálamo.

Apesar do aumento natural do hormônio ser possível para muitas pessoas que sofrem com esse quadro, quando falamos de fatores genéticos ou relacionados à idade, a alternativa mais eficaz é a introdução medicamentosa da Testosterona. Estudos apontam que os melhores mecanismos de entrada para o hormônio são via intramuscular ou topicamente. Devido à baixa concentração, o uso tópico, através de pomadas ou géis, é mais utilizado em mulheres, enquanto o medicamento injetável, mais concentrado, é empregado em homens. Dependendo da causa, a introdução da forma medicamentosa pode ser necessária durante toda a vida ou somente por um período curto de tempo, quando houver a possibilidade de limitar o agente causador. De qualquer forma, somente uma avaliação médica, de preferência com um endocrinologista, mediante exames periódicos poderão dizer qual a melhor alternativa para cada indivíduo que necessita de reposição hormonal.

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Autor

Instituto Ortomolecular

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