Dieta do Mediterrâneo – A dieta da longevidade direcionada ao estilo de vida saudável

Assim como o nome sugere, a Dieta do Mediterrâneo foi baseada na rotina alimentar aplicada naturalmente como um estilo de vida dos países que são banhados pelo Mar Mediterrâneo, entre eles a Itália, Grécia, França e Espanha.

A partir da observação da relação dos hábitos alimentares dessa região com os baixos índices de doenças cardiovasculares, o biólogo e fisiologista americano Ancel Keys foi o pioneiro em classificar a Dieta do Mediterrâneo como uma das melhores alternativas para a manutenção da saúde, por volta de 1950. Desde então, esse modelo de dieta tem sido aplicado por profissionais com uma conduta voltada ao equilíbrio nutricional.

A valorização da agricultura local, da pesca, o apreço por ingredientes frescos e a tradição que envolve os pratos das regiões do Mediterrâneo podem explicar muito sobre a qualidade de vida da população. Os alimentos naturais são prioridade no plano alimentar das pessoas, dessa forma, o consumo de industrializados é extremamente baixo.

A base da Dieta Mediterrânea é valorização da abundância de alimentos disponíveis, sendo assim, a ingestão de carne vermelha é muito inferior ao que conhecemos justamente pela escassez de pastos, já os peixes e frutos do mar são consumidos quase que diariamente. Além de serem uma ótima fonte de proteína, os peixes possuem baixo índice de gorduras, Vitaminas do Complexo B, Ômega 3 e minerais importantes.

Igualmente, o Azeite de Oliva é considerado um dos pilares da alimentação local. Rico em ácidos graxos monoinsaturados, principalmente Ômega 9, o consumo frequente do Azeite de Oliva colabora no controle dos níveis de colesterol HDL e LDL e auxilia na absorção de vitaminas lipossolúveis como A e D. Previne ainda diversas doenças relacionadas ao envelhecimento celular precoce, por exercer uma função antioxidante no organismo, contra radicais livres.

As frutas, legumes e leguminosas estão presentes em todas as refeições, de acordo com a disponibilidade entre as estações do ano. Acredita-se que os altos níveis de vitaminas, fibras e antioxidantes provenientes desses alimentos seja um dos principais contribuintes à longevidade e a qualidade de vida independente da idade.

Apesar de não ser de ingestão obrigatória, o vinho tinto é estimado como um dos patrimônios da região do Mediterrânio, presente em pequenas quantidades juntamente as refeições, ele colabora com a saúde cardiovascular e com cérebro contra o surgimento de doenças neurodegenerativas. Inclusive, já foi comprovado pela ciência que o Resveratrol, uma fitoalexina produzida pela casca das uvas, é a substância antioxidante responsável por tais benefícios.

As oleaginosas como as castanhas, amêndoas e nozes são abundantes, assim como as sementes. Ricas em gorduras boas, Vitamina E, Ômega 3 e minerais como o Selênio, quando consumidas com moderação elas proporcionam saciedade e auxiliam no processo de digestão, de modo geral.

Os cereais, especialmente os integrais, são as principais fontes de carboidrato da Dieta do Mediterrâneo. Apesar da ingestão desse macronutriente ser relativamente alta nesse modelo, o grau reduzido de refinamento dos produtos é o que garante a preservação de nutrientes como fibras e minerais.

Os benefícios da Dieta do Mediterrâneo são mais voltados à melhoria das condições de saúde que ao emagrecimento em si, embora seja possível perder peso gradativamente ao adotar essas medidas, através da aceleração do metabolismo causada pela ingestão de alimentos naturais, que favorecem a termogênese.

Logo nos primeiros dias é notável uma melhoria no funcionamento do intestino pelo aumento da ingestão de fontes de fibras e prebióticos. Por esse motivo desenvolve-se um melhor perfil da flora intestinal e uma absorção de água e nutrientes mais eficiente através desse órgão.  A eliminação dos industrializados aumenta a vitalidade e a energia e colabora na redução da pressão arterial. As vitaminas promovem o reforço imunológico necessário para manter o organismo forte.

A longo prazo, ocorrem a redução dos níveis de colesterol, a diminuição da resistência à insulina pelo controle adequado dos níveis de glicose e a redução da retenção de líquidos pelo baixo consumo de sódio. A variedade de antioxidantes combate os radicais livres, prevenindo o surgimento de diversos tipos de câncer por envelhecimento celular e doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

São poucos os pontos negativos relacionados à Dieta do Mediterrâneo. Um deles é a realização por pessoas que tem restrições alimentares específicas como intolerância ao glúten, a peixes ou frutos do mar ou veganos e vegetarianos. Por representarem grande parte da alimentação cotidiana, o ideal é buscar a ajuda de um profissional que possa adequar às substituições, evitando a carência nutricional de macronutrientes ou minerais importantes.

O emagrecimento através da Dieta do Mediterrâneo é lento, porém sustentável, voltado à reeducação alimentar e a introdução de um estilo de vida saudável, que visa à perda de peso definitiva e progressiva, diferente de outros modelos restritivos. Por esse motivo, a Dieta do Mediterrâneo continua sendo um dos tipos de dieta mais recomendados por profissionais da área.

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Autor

Instituto Ortomolecular

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