Podemos traçar a busca de estimulantes ao início da própria civilização humana, quando começamos a dominar a natureza a nossa volta. Em um processo de milhares de anos, o período neolítico é marcado pelo início da agricultura, crenças religiosas e as populações dessa época começaram a entender os efeitos especiais de determinados alimentos, que poderiam ser alucinógenos, estimulantes ou calmantes.
Pulando para a história moderna, nossa preferência de substâncias estimulantes foram mudando: do chá para o café, de refrigerantes para agora energéticos. Vendidos como uma solução instantânea para trazer maior produtividade, os energéticos já são uma indústria mundial bilionária. Porém muitos pesquisadores alertam a necessidade de estudos mais aprofundados sobre os reais efeitos dos energéticos em nosso corpo.
Como exemplo, é objeto de diversos estudos a relação de alto consumo de energético com problemas cardiovasculares. A princípio os níveis de cafeína, embora elevados, não seriam suficientes para causar problemas cardíacos. Porém é muito difícil avaliar o efeito da cafeína adicionado aos demais compostos estimulantes presentes nas bebidas energéticas. O consumo crescente entre adolescentes e até alguns casos de mortes também aumentam o alarde acerca do assunto.
É importante saber que o consumo em massa dessas bebidas é um fenômeno crescente e os efeitos no longo prazo são desconhecidos. É também nossa responsabilidade trazer para a consciência que, embora vendidos como a solução instantânea para a alta produtividade, manter esse estado consistentemente depende da manutenção de muitas áreas de nossa saúde. De qualquer forma, é seguro afirmar que o consumo dessas bebidas é desaconselhado em qualquer quantidade para adolescentes, grávidas e pessoas com sensibilidade à cafeína.
