Se você sofre com a possibilidade de desenvolver doenças que seus pais ou seus avós tiveram, saiba que seus genes, o material genético que você herdou da sua família, são apenas um dos fatores capazes de concretizar tais enfermidades. Apesar de sabermos que deleções ou erros na reprodução celular são muitas vezes os responsáveis pelo desenvolvimento de doenças, a expressão genética dos mesmos pode ser inibida ou até mesmo ativada de acordo com os seus hábitos.
De fato, a genética determina diversas características físicas, desde o formato dos olhos, altura e o aspecto dos cabelos até traços da personalidade. Todas essas informações, provenientes da soma do material genético dos nossos pais a outros fatores individuais, tornam cada pessoa um ser único. O fardo de doenças de fundo genético que carregamos é mais um desses elementos, que aglomerados formam o nosso DNA. Apesar do código genético muitas vezes possuir os genes causadores da doença, apresenta-los não significa a certeza de desenvolvê-los. Isso ocorre devido à Epigenética, que na teoria quer dizer “o que está acima da Genética”, modificações genômicas totalmente influenciáveis pelo ambiente e pelos hábitos, ou seja, por você mesmo.
O conceito de Epigenética tem sido considerado uma das maiores descobertas desde o Projeto Genoma Humano e é atualmente resumido em como as escolhas diárias do indivíduo podem impactar na sua genética e consequentemente na sua saúde. Acredita-se que cada ação positiva ou negativa relacionada à integridade física e mental do organismo nos coloque mais distantes ou mais próximos de desenvolver doenças.
Tendo em mente como as nossas escolhas impactam a nossa saúde, o primeiro ato é ter a consciência de retomar o controle da situação. Uma pessoa com histórico familiar de Diabetes tipo 2, por exemplo, pode passar a vida baseada no sedentarismo, consumindo grandes quantidades de açúcar, refinados e alimentos que estimulem a resistência à insulina, ou observar as consequências à frente e tomar a decisão de impedir, através da prática regular de exercícios e de uma alimentação saudável, que suas ações se tornem gatilhos para a expressão dos genes para Diabetes tipo 2 existentes. Da mesma forma, um indivíduo com histórico de doenças cardiovasculares, que tenha tendência a dislipidemias, pode tomar consciência da importância de suas ações e modular sua alimentação, além de trabalhar fatores psicológicos que reduzam os agravantes, como a liberação de Cortisol e demais hormônios envolvidos no estresse.
Uma das linhas de pesquisa no assunto acredita que a Epigenética pode ser igualmente influenciada por fatores emocionais. Levando em consideração que para os estudiosos da área “a doença é resultado da luta do homem contra sua consciência”, conceito desenvolvido por Sigmund Freud, a forma como o indivíduo lida com suas questões pode fazer com que os sentimentos internalizados atuem como gatilhos para expressões gênicas que ocasionam doenças.
Fundamentado nesse princípio, o médico alemão Ryke Geerd Hamer desenvolveu a Nova Medicina Germânica baseada nas 5 Leis Biológicas Naturais. Avaliando a si mesmo e seus pacientes em uma clínica de tratamento para o câncer na Universidade de Munique, o precursor da prática concluiu que assim como ele, todos os pacientes que tratavam a doença haviam passado por experiências traumáticas. A origem da doença, segundo Dr. Hamer, se resume em processos biológicos resultantes do instinto de proteção do organismo para a recuperação do indivíduo ou Síndrome de Dirk Hamer (DHS).
Diferente da Medicina Tradicional, o processo de cura na Nova Medicina Germânica consiste no tratamento dos sintomas e dos sentimentos que causaram a doença através da auto avaliação, da resolução do conflito interno e da superação do problema.
Por contestar tratamentos já bastante difundidos na Medicina Tradicional como a quimioterapia e a utilização de fármacos, a prática não foi reconhecida pela comunidade médica e até os dias atuais encontra resistência em sua difusão.
Apesar do enfrentamento, as pesquisas de Ryke Geerd Hamer abrem espaço para discussões atreladas às Doenças por Somatização, aumentando a relevância no desenvolvimento da Saúde Emocional do indivíduo, mas principalmente atribuindo ao próprio ser humano a responsabilidade de zelar pelo seu bem estar, modulado pela Epigenética, através de escolhas mais conscientes, seja por meio da alimentação ou pela busca por ajuda na resolução de seus conflitos pessoais.