Originário da China, Coréia e Japão, o Ginseng é uma planta utilizada há mais de 4000 anos para aumentar a longevidade e também na manutenção da qualidade de vida. Seu nome, que significa “raiz-humana”, corresponde à semelhança de suas raízes a pernas. Devido aos seus numerosos benefícios, o gênero foi batizado como “Panax”, referindo-se a panaceia ou tratamento para todas as doenças.
O cultivo do Ginseng envolve inúmeros fatores, sendo assim é muito raro encontrar plantas silvestres na natureza. O solo deve ser nutritivo, solto, rico em minerais e de preferência virgem. A temperatura deve ser estável, o clima úmido, com chuvas não tão recorrentes, sem a incidência de sol direto. O crescimento é extremamente lento, possibilitando que suas raízes vivam por mais de 100 anos. Uma muda pode demorar cerca de 4 anos para florescer e até 6 anos para ter raízes prontas para a extração, porém quanto mais velhas elas forem mais compostos ativos terão. Todas essas questões elevam muito o valor comercial do Ginseng.
Estudos clínicos caracterizam a raiz do Ginseng como adaptogênica. Isso significa que ela não age em uma doença específica, mas atua no restabelecimento da homeostasia de modo geral. Paralelo a esse processo acontece o aumento da capacidade de defesa do organismo e o estímulo do sistema nervoso central, principalmente relacionado à memória e aprendizagem.
É notável que o consumo do Ginseng melhore a circulação trazendo mais vigor e disposição. Ocorre ainda a diminuição do estresse e cansaço mental. A raiz tem ainda potencial antigripal, impedindo o estabelecimento e replicação de bactérias e vírus patológicos. No sistema cardiovascular, atua na cicatrização, na diminuição da pressão arterial e no combate da aterosclerose. Esses benefícios estão relacionados principalmente a presença de flavonoides, que dilatam os vasos sanguíneos.
Embora possua inúmeros benefícios, o consumo do Ginseng deve ser controlado. Utilizar o Ginseng por longos períodos pode prejudicar os mecanismos de coagulação e da pressão arterial, por isso é necessário pausar seu consumo por cerca de 1 mês, após atingir 8 semanas de ingestão quando suplementado. O ideal é ingerir entre 5 a 10 gramas por dia, na forma de pó. Já falando da raiz in natura, a ingestão diária deve ser de no máximo 2 gramas. No caso do chá, a recomendação é mais branda, podendo tomar de 2 a 3 xícaras diariamente.
Para inserir o Ginseng corretamente na rotina e garantir seus efeitos terapêuticos o indicado é procurar a ajuda de um profissional qualificado. Ele irá avaliar o quadro, definir se esse fitoterápico é indicado e qual a melhor forma de ingeri-lo.