A ciência está em constante evolução e a todo momento são feitas novas descobertas. Estudos recentes mostram que a vitamina D, um hormônio lipossolúvel, ajuda a modular o microbioma intestinal, ajudando a deixá-lo mais saudável. Em outras palavras, a luz solar melhora a saúde intestinal, não é incrível?
Certamente é por esse mesmo motivo que a luz do sol tem um efeito tão positivo em pessoas que sofrem com esclerose múltipla ou com doença inflamatória intestinal.
Para quem não sabe, a vitamina D é conhecida como a vitamina do sol. Isso porque o nosso organismo só fabrica ela depois que a nossa pele é exposta aos raios UVB. A baixa dessa vitamina no organismo está diretamente associada com problemas sérios de saúde, tal como lúpus, patologias cardíacas e também derrame, além de poder agravar doenças inflamatórias intestinais crônicas.
Nos estudos realizados, o sequenciamento RNS das amostras de fezes coletadas depois da intervenção mostraram que a luz UVB conseguiu alterar positivamente o microbioma intestinal nas mulheres que apresentavam baixos níveis da vitamina. Por outro lado, a exposição ao sol não obteve o mesmo impacto naquelas pessoas cujos níveis da vitamina D já estavam mais elevados.
Mais do que isso, a falta de exposição solar associada com o uso excessivo de medicamentos antibióticos, cada vez mais comuns atualmente, pode ainda provocar algumas alterações na flora intestinal, levando ao surgimento de doenças inflamatórias.
Dessa forma, a melhor opção é sempre se expor ao sol, respeitando os horários indicados. Depois disso, pode-se considerar também o uso de aparelhos de fototerapia e, por fim, a suplementação com vitamina D.
Entendendo a vitamina D
Embora, tecnicamente, a vitamina D não seja de fato uma vitamina, a substância é essencial para uma grande variedade de processos do nosso organismo. Trata-se na verdade de um tipo de hormônio lipossolúvel, produzido sempre que a pele é exposta ao sol, não sendo facilmente encontrada em alimentos, embora alguns processados tenham adição desta.
Como a vitamina D é produzida quando a pele é exposta à luz solar, ela é conhecida como a vitamina do sol. Dentre muitos estudos, recentemente também foi descoberto que essa vitamina tem um importante papel no crescimento celular. Dessa forma, ela ajuda a otimizar processos neuromusculares e a fortalecer a imunidade, além de favorecer a absorção de cálcio.
Quando a vitamina D está em falta no organismo, ela está associada com raquitismo, doenças ósseas e até mesmo deformidades esqueléticas. No entanto, é preciso uma deficiência muito aguda para se observar tais efeitos tão severos.
Saúde intestinal, inflamações e a exposição aos raios UVB
Pesquisas recentes comprovam que a vitamina D pode provocar alterações do microbioma intestinal, enquanto estudos anteriores mostraram que a exposição solar pode desencadear essas alterações em ratos.
O fato é que existem pouquíssimos alimentos que contém vitamina D, sendo que 80% da necessidade do organismo deve ser suprida por meio de exposição solar.
Dessa forma, uma exposição considerada insuficiente à luz solar pode desencadear ou agravar doenças inflamatórias intestinais, sendo comprovados também impactos sobre a diversidade do microbioma dos intestinos. Nesse caso, a indicação é sempre tomar sol nos horários mais amenos, além da possibilidade de utilizar a fototerapia para conseguir o equilíbrio natural dos níveis de vitamina D.
A suplementação, por sua vez, deve ser considerada um último caso, visto que é feita de forma sintética. Além disso, o consumo de suplementos de vitamina D irá gerar, automaticamente, uma demanda por vitamina K2, tornando o processo de suplementação mais complexo.
Pronto, agora você já sabe que a luz solar melhora a saúde intestinal e que essa pode ser uma forma simples e barata de melhorar sua saúde!