Considerada o mal do século, a depressão é tida como a maior causa de incapacidade em todo o mundo, atingindo cerca de 400 milhões de pessoas pelo planeta.
No Brasil, a situação não deixa de ser preocupante, envolvendo 10% de toda a população e se tornando cada vez mais frequente.
Os prejuízos envolvem a perda de bilhões de dólares anuais (em todo o mundo), sendo ainda mais maléficos para a saúde e qualidade de vida do indivíduo.
O mito do desequilíbrio químico
Atualmente, o uso de medicamentos antidepressivos lidera o ranking de indicações de tratamento para a depressão.
O grande problema é que há um mito disseminado, afirmando que os desequilíbrios químicos geram a depressão e necessitam ser tratados com potentes antidepressivos.
A ideia é que tais antidepressivos são capazes de balancear o organismo e combater o problema, e isso é uma grande mentira!
Para piorar a situação, a falsa notícia é divulgada por toda a internet – o maior meio de consulta de todo o mundo.
Assim, quem sofre com o problema acredita que há algo de errado com sua bioquímica e que isso pode ser até hereditário.
Como consequência, os indivíduos acabam achando que precisam tomar antidepressivos por toda a vida, pois jamais conseguirão reestabelecer seus níveis químicos novamente.
Infelizmente, ainda falta muita conscientização a respeito da doença (e também de empatia e conhecimento por parte dos profissionais que passam o diagnóstico).
Pensar que um medicamento pode levar a uma vida melhor (e não fazer nada para mudar sua vivência) é o grande perigo!
As causas da depressão
Os antidepressivos utilizados têm a função de acalmar o paciente, sendo potentes tranquilizantes.
Mas acalmá-lo não deveria ser a melhor escolha – deixando-o ainda mais sem ação para o problema, sem tratar a causa inicial (que na maioria das vezes se trata de um trauma).
Em meio a uma sociedade ansiosa e agitada, se torna quase impossível não sentir estresse e não deixar que ele prejudique sua vida (mesmo que indiretamente).
Quando estamos estressados (principalmente em sua forma crônica), “sentimos na pele” os efeitos do cortisol – que acaba afetando todo o organismo.
Seja por preocupações constantes com dinheiro ou medo de assaltos, estamos dispostos diariamente ao estresse e suas consequências deletérias.
Assim, o estresse pode ser um fator que desencadeia problemas como a depressão – mas ele acaba atuando em conjunto com demais causas, como a ansiedade, por exemplo.
A dependência química também acaba se tornando uma aliada da depressão, podendo estar associada com vários quadros psicológicos preocupantes.
Os traumas e experiências negativas de vida também se mostram bastante influentes sobre a doença – principalmente quando envolvem a infância ou acontecimentos muito marcantes.
Por que os antidepressivos são tão disseminados?
O problema está envolvido com a influência da indústria farmacêutica sobre todo o mundo – e inclusive por profissionais (de maneira corrupta).
Apesar de estudos indicarem que antipsicóticos são capazes de piorar distúrbios de saúde mental (principalmente a longo prazo), a indústria ainda defende que os medicamentos são a opção garantida para extinguir o problema.
E como sua influência econômica chega até os psiquiatras, não é de se admirar o por que os antidepressivos para controle de “desequilíbrios bioquímicos” vem sendo prescritos de maneira desenfreada para a sociedade.
Infelizmente, a maioria dos pesquisadores que conduzem estudos psiquiátricos possuem vínculos financeiros com grandes indústrias do ramo farmacêutico, escondendo os malefícios das potentes drogas.
Com isso, os pacientes acabam sendo prejudicados (e não tratados), piorando ainda mais o quadro a longo prazo.
O uso de antidepressivos a longo prazo
Mesmo que o uso de antidepressivos não seja tão prejudicial quanto de antipsicóticos, eles não são nada benéficos com o passar do tempo
Assim, como principais efeitos a longo prazo, podemos citar:
- Queda da qualidade de vida;
- Aumento dos índices de mortalidade;
- Problemas funcionais;
- E eventos psiquiátricos relacionados.
Quando conferimos estudos sobre medicamentos antidepressivos, a tendência é verificar artigos que exageram nos benefícios, mas acabam subestimando os efeitos nocivos de tais medicamentos.
Para somar ainda mais pontos negativos, os antidepressivos tendem a ser viciantes (se não utilizados da maneira adequada) e possuem mais malefícios do que se possa imaginar.
Assim, eles acabam aumentando os riscos para violência e suicídio, prejudicando seriamente a qualidade de vida do paciente.
Como a maioria da literatura ainda defende que os remédios são essenciais para prevenir novos episódios de depressão, muitas pessoas tomam o remédio por anos ou até mesmo por toda a vida.
Para representar a relevância da discussão, o aumento de aposentadorias por invalidez (geradas a partir da depressão) é proporcional ao aumento do uso de drogas psiquiátricas, sobretudo os antidepressivos.
Os antidepressivos e a relação com o suicídio
Fatores que aumentam as chances de suicídio para paciente que tomam antidepressivos incluem a apatia e a acatisia.
Em ambos os casos, o paciente acaba não tendo consequências de suas ações, sofrendo com os transtornos emocionais.
A situação se torna ainda mais preocupante quando vemos a quantidade de crianças que vem sendo medicadas com drogas psiquiátricas – deixando-as expostas aos riscos aumentados.
Dicas para vencer a depressão
Em um mundo em que a depressão se tornou tão comum e os medicamentos antidepressivos também, a educação ainda é o melhor caminho para vencer o problema.
Por isso, se você sofre com a doença ou conhece alguém que está passando por essa situação, busque a conscientização e um tratamento efetivo e não invasivo para sua saúde.
Confira algumas dicas que podem ajudar:
- Procure acompanhamento psicológico sempre;
- Mantenha-se longe do estresse, praticando a meditação;
- Cuide da sua saúde, tendo uma alimentação mais saudável e praticando atividades físicas;
- Tenha boas noites de sono;
- Cultive boas amizades, compartilhando seus momentos e emoções – deixando de lado os famosos “relacionamentos tóxicos”.
E lembre sempre que a saúde mental é totalmente influente sobre sua saúde física. Assim, cuidar da mente é primordial!