Óleo de Coco

Utilizado por diversas culturas a milhares de anos, o Óleo de Coco tem sido alvo de muita polêmica, principalmente do ponto de vista nutricional. Amplamente empregado desde a estética à alimentação, o importante componente da medicina Ayurveda é aplicado de forma comum na Índia no alívio de sintomas físicos e espirituais.

A aplicação do Óleo de Coco é bastante variada. Por ter uma excelente absorção pode ser utilizado puro como hidratante corporal e labial ou como ingrediente de fórmulas industrializadas. A umectação capilar com Óleo de Coco, tratamento de pré-lavagem responsável por trazer brilho, maciez e alisamento temporário aos fios é outro ótimo exemplo de possíveis benefícios estéticos.

Na aromaterapia é conhecido como óleo base, utilizado na diluição de outros tipos de óleos essenciais para difusores ou aplicação tópica. Na massoterapia, o Óleo de Coco agrega grande valor por formar uma fina película aveludada quando aplicado sobre a pele, diferente dos outros tipos de óleo que tem uma absorção lenta ou ineficiente. Na culinária, pode substituir outros tipos de óleos vegetais por ter um ponto de fumaça relativamente alto, de quase 180ºC, um pouco maior que o do azeite de oliva extra virgem.

Tradicionalmente ele é utilizado como um antioxidante e como grande aliado no emagrecimento, no aumento da imunidade, na redução dos níveis de LDL e insulina, na redução dos processos inflamatórios, na aceleração do metabolismo e no aumento da saciedade. Pela rápida digestão relacionada à grande concentração de ácidos graxos de cadeia média, o consumo de Óleo de Coco como um pré-treino juntamente a outras bebidas energéticas como o café contribuíram na popularização do alimento no ambiente fitness.

Embora a substituição de óleos vegetais pelo Óleo de Coco seja, em tese, válida, ele é composto unicamente de gorduras o que o torna extremamente calórico. 15 ml de Óleo de Coco representam aproximadamente 130kcal, por isso ele deve ser consumido com moderação. A quantidade indicada para ingestão de um indivíduo adulto é de 1 a no máximo 2 colheres de sopa diariamente, priorizando o extra virgem, prensado à frio, de boa procedência.

Apesar de haverem relatos milenares sobre os benefícios do Óleo de Coco à saúde, a Associação Brasileira de Nutrologia alega que são necessários mais estudos para que a eficácia do alimento seja comprovada. A grande concentração de gorduras saturadas, grandes vilãs da saúde cardiovascular segundo estudos passados, contribui até os dias de hoje na condenação do uso do Óleo de Coco, assim como a manteiga e a banha de porco. Existem pesquisas com resultados positivos sobre o alimento, entretanto, a grande parte delas realizou os testes em animais ou em amostras populacionais com doenças específicas. A escassez de pesquisas acadêmicas com testes em um perfil demográfico mais amplo e a controvérsia apresentada nos resultados levantam muitos questionamentos em torno do assunto.

Acredita-se que possa existir uma relação com o empenho da indústria em manter a alta comercialização do óleo de soja, o que pode influenciar negativamente no desenvolvimento de pesquisas na área. De modo geral, quando comparado ao azeite de oliva e a outros tipos de óleos insaturados como o óleo de girassol, faltam informações concretas que caracterizem o Óleo de Coco como a melhor escolha para um estilo de vida saudável.

E vocês, acreditam nos benefícios do óleo de coco? Já utilizaram na alimentação ou para fins estéticos? Deixe seu relato nos comentários abaixo.

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Autor

Instituto Ortomolecular

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