Quinoa

A Chenopodium quinoa é uma planta que teve origem nas regiões da Colômbia, Peru e Chile. Seu cultivo, que segundo historiadores teve início de 5.000 e 10.000 anos atrás, foi de grande importância para o Império Inca, que o considerava um grão sagrado. Há relatos de que no início da produção anual, o imperador dos Incas utilizava sua própria ferramenta de plantio de ouro maciço, e os grãos colhidos eram colocados em grandes potes de ouro em oferenda ao Deus Sol.

O grão, que é considerado um pseudo-cereal, pertence à família Amaranthaceae, juntamente a alimentos como o espinafre e a beterraba. Eles costumam ser bem pequenos, possuir uma textura macia, de sabor agradável e muito suave, quando higienizados corretamente. Anteriormente à limpeza, podem apresentar um amargor característico das saponinas da casca. As sementes devem ser imersas em água por algumas vezes, um processo conhecido como dessaponização. Ainda assim, é possível encontrar essas substâncias nos grãos adquiridos, por isso é importante esfregá-los em água corrente antes do cozimento para evitar o sabor amargo.

Os nutrientes presentes na Quinoa, segundo a Food and Agriculture Organization (FAO) torna o alimento semelhante ao leite materno. A proteína presente nos grãos tem uma combinação extremamente completa, com todos os aminoácidos essenciais ao ser humano, de alto valor biológico. Diferente da maior parte das proteínas de origem vegetal, a Quinoa apresenta uma grande biodisponibilidade. A presença de Flavonóides, antioxidantes como a quercetina e o kaempferol, colaboram na redução dos radicais livres. É uma ótima fonte de Ômega 3 e 6, sais minerais e vitaminas, podendo ser utilizada na substituição de carnes em dietas com restrição à proteína animal, por ser livre de gorduras saturadas. Apesar de sua carga proteica não ser tão alta, é considerada a maior comparada a outros cereais. 100 gramas do alimento contêm pouco mais de 12 gramas de proteína.

Riquíssima em fibras, ela colabora no funcionamento intestinal e no fortalecimento da imunidade, principalmente pela presença de lisina. Além de atuar na memória, os grãos controlam os níveis de insulina na corrente sanguínea, por serem de baixo índice glicêmico. Esse fato torna o consumo dos grãos da Quinoa altamente indicados para pacientes diabéticos, por evitar os prejudiciais picos de glicose. Recentemente foi publicado um estudo que relacionou o consumo da Quinoa à redução de cerca de 57% dos níveis de LDL (colesterol ruim).

Para consumir a Quinoa é possível cozinhar os grãos como é feito com o arroz, por exemplo. Nesse caso eles podem até triplicar de tamanho. Os flocos podem ainda compor saladas, iogurtes ou vitaminas, enquanto a farinha pode ser aplicada em receitas de pães e bolos, e até mesmo na produção de massas como o macarrão. Apesar de ser extremamente rica, a Quinoa possui altas concentrações de carboidrato, o que a torna bastante calórica. 100 gramas do alimento equivalem a praticamente 350 kcal. Por ser um ingrediente extremamente versátil, é possível incorporá-la facilmente a dieta, atentando-se apenas às quantidades de ingestão diária. Inserir a Quinoa a uma rotina alimentar equilibrada pode colaborar muito na qualidade de vida e na manutenção da saúde.

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Autor

Instituto Ortomolecular

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